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HOMOLOGAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA RADIOAMADOR



Na segunda-feira, dia 2 de março, a LABRE, representada pelo seu Presidente do CD, Gustavo - PT2ADM, e pelo Diretor Executivo, Orlando - PT2OP, reuniu-se com o Gerente de Certificação e Numeração da Anatel, Sr. Marcos, para nova rodada de negociações sobre a homologação de equipamentos, processo que vem sendo discutido há bom tempo.

O Sr. Marcos esclareceu definitivamente que em conformidade com o §2º do art. 162 da Lei 9472/97 - "É vedada a utilização de equipamentos emissores de radiofrequência sem certificação expedida ou aceita pela Agência", inclusive para os aparelhos do serviço de radioamador.

 Disse, ainda, que a homologação dos equipamentos é pessoal e intransferível e que o fato de um equipamento ter sido homologado por um radioamador não estende esse direito a outros radioamadores.

 Entretanto, a LABRE, como representante oficial dos radioamadores, poderá fazer a homologação em seu nome e, nesse caso, a homologação poderá ser utilizada "por seus associados". Para isso a LABRE deverá fornecer o selo padronizado da Anatel para que seja afixado nos equipamentos homologados e disponibilizar para a Anatel a relação nominal dos favorecidos para efeitos de validação e fiscalização.

 Se usuário perder a situação de associado também perderá o direito de usufruir da homologação feita pela LABRE e ao uso do selo. Caso venda seu equipamento a outro radioamador esse novo proprietário não terá direito automático ao uso do selo no aparelho, devendo solicitar a LABRE a emissão de novo selo em seu nome.

O uso irregular do selo de homologação por não associado ou ex-associado da LABRE configurará "falsidade ideológica", não sendo considerado homologado o equipamento e sujeitando o usuário às penalidades previstas.

 A LABRE já está tomando as providências necessárias à homologação de equipamentos em seu nome e em breve serão divulgados os procedimentos para que os associados se beneficiem.

 Dada a necessidade de rigoroso controle na distribuição dos selos e da condição de associado regular da LABRE (a ser mantida à disposição da Anatel), as Estaduais, para que possam transferir aos seus associados o direito de valerem-se das homologações feitas pela LABRE, deverão, obrigatoriamente, adotar o software de gerenciamento (SAA) especialmente desenvolvido para a Liga.

 Atualmente utiliza-se desse software (adotado conforme decisão do Conselho Diretor na reunião de outubro/2013 (em Brasília) a LABRE-SP e a LABRE-DF, esta última em fase final de implementação.

Seminário sobre Radioamadorismo e Ensino
 
Prof. Dr. Rafael Haag, PY3FF, durante palestra na CNR
 

A LABRE, com apoio do grupo de Gestão e Defesa Espectral (GDE), realizou em outubro de 2014 o “Seminário sobre Radioamadorismo como Ferramenta de Ensino” na “Convenção Nacional de Radioamadorismo”.

O objetivo foi expor projetos de Cubesats educacionais para os radioamadores e estimular o uso do radioamadorismo como um recurso prático de ensino. O evento contou com a coordenação de Edson W. Pereira (PY2SDR).

Participaram como palestrantes os professores Rafael Haag (UERGS), que dissertou sobre “Satélites na Sala de Aula: Um tema para motivar o ensino de ciências e tecnologia”; Otávio Durão (INPE) e Marcelo Essado (INPE) sobre o “Projeto NanosatC-BR1”, Cléber Toss Hoffmann (INPE/ITA) sobre o “Projeto AESP-14” e Major Elói Fonseca (ITA) sobre o “Projeto ITASAT”.

O evento possibilitou um maior entrosamento entre os projetistas de satélites e os radioamadores, estimulando o interesse pelo Serviço de Radioamador de alunos e professores das universidades envolvidas. Exemplo foi a coordenadora do projeto ITASAT, Lídia Shibuya, que prestou exames da Anatel para admissão no serviço durante a própria CNR.

Rafael Haag (PY3FF) expôs no seminário como o radioamadorismo pode ser um útil recurso ao ensino prático de Ciências, Física, Engenharia Eletrônica e Telecomunicações em diferentes níveis de complexidades. Os presentes puderam perceber o valor grande educacional que o radioamadorismo possui, podendo as experiências serem replicadas e adaptadas em diferentes escolas e associações de rádio.

Organizações internacionais como ARRL, RSGB, AMSAT, JARL, entre outras, desenvolvem projetos de ensino visando o emprego do radioamadorismo na sala de aula. Excelentes referência são os programas “Education and Technology” e “Amateur Radio in the Classroom” da ARRL. Outro exemplo é o satélite FUNcube da AMSAT-UK, dedicado à educação das telecomunicações em escolas, de forma integrada ao radioamadorismo.

A primeira Convenção Nacional de Radioamadorismo, coordenada pela LABRE/SP, foi um evento pioneiro que possibilitou um importante fórum de debates onde radioamadores, representantes de entidades reguladoras, laboratórios, gerentes de projetos, educadores e alunos puderam se conhecer pessoalmente, dialogar sobre temas importantes para o radioamadorismo, pesquisa e educação, buscando soluções e expondo novas ideias, apresentando com entusiasmo seus projetos e criando sinergia entre o radioamadorismo e as várias instituições presentes – sinergia que gerará excelentes resultados em benefício e progresso do radioamadorismo e do ensino tecnológico.

Algumas destas palestras estão agora disponíveis na biblioteca do GDE em: https://www.radioamadores.org/biblio/biblio.htm

Participe você também do desenvolvimento tecnológico e educacional relacionado ao radioamadorismo brasileiro. Seja um associado da LABRE e apoie o GDE. Maiores informações em: https://www.radioamadores.org

 
GDE/LABRE, 21 dezembro 2014
Atualizada em 22 dezembro 2014
Com participação de Edson Pereira, PY2SDR

 

Radioamadorismo e Cubesats: em busca da integração

 
Protótipo do Satélite NanosatC-BR1
 
O uso de frequências do Serviço de Radioamador por satélites educacionais da categoria cubesat com aplicações radioamadoras é tendência mundial, uma vez que não existe no momento um segmento espectral específico para os satélites educacionais.

A histórica relação entre universidades e organizações radioamadoras no desenvolvimento tecnológico e educacional é um dos elementos que contribuem para esta tendência.

No primeiro lançamento mundial de cubesats em 2003, dois deles foram desenvolvidos por unidades de ensino japonesas em integração com a AMSAT (Amateur Satellite Corporation): o CUTE-1 ou OSCAR-55 e Cubesat IX-IV ou OSCAR-57 (OSCAR de Orbiting Satellite Carrying Amateur Radio).

Os próprios radioamadores configuram uma sociedade tecnológica pioneira no campo satelital. Seu primeiro satélite, o OSCAR 1, foi lançado pelos EUA apenas 4 anos após o Sputinik, em 1961. O primeiro satélite brasileiro também foi radioamador, o Dove OSCAR-17, lançado em 1990.

Como consequência desta atividade coube à IARU, a União Internacional de Radioamadorismo (International Amateur Radio Union), a coordenação internacional de frequências utilizadas por satélites no espectro destinado ao Serviço de Radioamador.

No entanto o recente aumento no número de projetos de cubesats que não possuem envolvimento da comunidade radioamadora tem gerado preocupações nas organizações radioamadoras e nas administrações de telecomunicações, especialmente nos aspectos legais de operação e ocupação espectral com descaracterização da natureza do serviço.

Visando mitigar os problemas e reduzir o risco do uso indevido das frequências, a IARU e a AMSAT estimularam a integração entre as organizações de representação dos radioamadores e as unidades de ensino e pesquisa.

A expectativa é que as operações sigam as normas de comunicações de cada país e as premissas da IARU, assim como exista maior divulgação dos projetos para a comunidade e missões satelitais com aplicações radioamadoras.

Como questões de gestão espectral envolvem o GDE (grupo de Gestão e Defesa Espectral da LABRE), o grupo criou em maio de 2014 uma lista de discussão na Internet chamada edusats-br. Nela integrantes dos vários projetos de satélites brasileiros começaram pela primeira vez a interagir com os radioamadores, entender as demandas mútuas e trabalhar pela esperada integração. A coordenação do segmento de satélites pelo GDE coube a Edson Pereira, PY2SDR.

A interação não ficou apenas no aspecto virtual. No primeiro semestre de 2014 o grupo realizou reuniões e visitas ao ITA, INPE e Colégio Embraer abordando o tema radioamadorismo espacial, tecnologia e educação. No segundo semestre um seminário foi realizado na Convenção Nacional de Radioamadorismo (organizado pela LABRE/SP), contanto com a
presença de vários projetistas de satélites, estudantes, professores e radioamadores.

Os primeiros sinais de parceria operacional

Em junho de 2014 o INPE e a UFSM lançaram o NanosatC-BR1, um cubesat 1U (10x10x10cm) com missão científica e educacional. O lançamento foi anunciado na lista edusats-br e os radioamadores brasileiros foram os primeiros a receber os sinais de telemetria em CW transmitidos pelo satélite na primeira órbita sobre o território nacional.

A recepção dos primeiros sinais foi de grande valor para a missão, uma vez que pelos dados de telemetria fornecidos pelos radioamadores, os engenheiros do INPE puderam confirmar o primeiro estado de saúde do cubesat, o que posteriormente possibilitou comandá-lo para o modo nominal de operação, transmitindo dados das cargas úteis científicas.

Os coordenadores do projeto NanosatC-BR1 agradeceram publicamente os radioamadores pelo auxílio, além de ter sido uma ótima oportunidade de divulgação do próprio projeto para a comunidade de radioamadores: “Eles estão vibrando com o projeto que é o primeiro satélite brasileiro que pode ser rastreado por eles na frequência em que atuam. São muito experientes rastreando satélites radioamadores internacionais e estão vibrando com esta oportunidade de rastrear e contribuir para a segurança de um satélite brasileiro. E nós mais ainda com este apoio. Já são praticamente parte da equipe tal a interação que temos tido" (Dr. Otávio Durão (INPE) em nota ao excelente blog Brazilian Space).

As primeiras aplicações em radiocomunicações

A LABRE/GDE durante o ano de 2014 também se aproximou de dois outros interessantes projetos: o AESP-14, cubesat de 1U desenvolvido por alunos do ITA com missão de testar no espaço uma estrutura de cubesat integralmente desenvolvida no Brasil; e o ITASAT-1, um cubesat de 6U com missão científica e educacional.

Estes cubesats, com lançamentos previstos para 2015, incluirão missões radioamadoras. O AESP-14 transmitirá sequências aleatórias de textos predefinidos para recepção das estações radioamadoras. O ITASAT-1 possuirá um transponder digital por armazenamento (store-and-forward) desenvolvido por radioamadores brasileiros que permitirá comunicação via satélite usando mensagens curtas de texto entre estações radioamadoras ao redor do planeta. Maiores informações serão difundidas no transcorrer dos projetos.

 
GDE/LABRE, 23 dezembro 2014.
Com participação de Edson Pereira, PY2SDR

 

Enchentes na Malásia, Tailândia

31/12/2014

Após vários dias de manutenção de links de comunicação de emergência em 7.110 MHz,  rádios amadores voluntários planejam permanecer em atividade por mais algum tempo para lidar com o tráfego-e-bem-estar de saúde local e quaisquer comunicações urgentes em áreas atingidas pela enchente Malásia. As inundações que atingiram partes da Malásia e da Tailândia agora parece ter diminuído, mas resta ainda muito trabalho de limpeza . Johnny Tan, 9M8DB, da Malaysian Amateur Radio Transmitters Society (MARTS) As cheias atingem a Malásia uma vez a cada ano mas a deste ano  foi a pior enchente desde  2004.matando mais de 30 pessoas e obrigando milhares de moradores a evacuar suas casas.

Tan disse estações em Kuala Lumpur, Kuantan, Kemaman e Bachok permanecer no ar.

Secretário Champ Muangamphun, da Radio Amateur Society of Thailand (RAST)E21EIC, informou que as inundações no sul da Tailândia não tem atrapalhado as comunicações , tais como redes de telefonia móvel ou da Internet. O suporte de comunicação de rádio amador era desnecessário na Tailândia, mas os voluntários  permaneceram  disponível para ajudar nas emergências da Malásia. Os níveis de inundação diminuíram ligeiramente, e distribuição emergencial de alimentos estava em andamento nas áreas alagadas.